BALANÇO DE 2014, PREPARAÇÃO PARA 2015 E UMA AUTOAVALIAÇÃO TENDO EM VISTA A 32º TRANSLAÇÃO COM ALGUNS DIAS DE ATRASO.

Por Fernando R. Ferro.
            Deixar tudo para um post só pode complicar as coisas, mas como ando sem muito ânimo para escrever, vou aproveitar o momento para abordar os três tópicos, começando pelo último.
            Quase todos os anos escrevo a mesma coisa por volta da mesma época. Completando 32 anos, me vejo cada vez mais velho. Normal. O contrário é impossível e a alternativa é a morte. Nada mais natural, portanto, que o envelhecimento. Junto vem alguma experiência das coisas em que acertamos e erramos. Acredito que dentre as escolhas que fiz ao longo da vida, em algumas eu acertei. Por exemplo, na escolha da minha profissão. Digo isso apesar de achar que errei na escolha da faculdade. Como sabem quase todos que me leem, cursei geografia.
Fiz amigos, que trago comigo até hoje, e aprendi muitas coisas, mas o certo teria sido cursar alguma outra profissão mais clássica, como engenharia ou arquitetura, que eram minhas outras opções. Contudo, uma vez feita a escolha da faculdade, segui meu curso, e na profissão optei por não sei professor. Acho que foi a escolha certa. Hoje posso lecionar por opção, não por obrigação. Ser professor no Brasil é muito duro, tanto pelas condições de trabalho como pelos colegas de profissão. Impera algo abaixo da mediocridade.
Do ponto de vista pessoal, casei cedo e não me arrependo. Tudo que conquistei do ponto de vista material e pessoal devo a este relacionamento duradouro. O casamento traz responsabilidades, e com elas, um empurrãozinho para persistir nas nossas escolhas, por mais que elas não pareçam tão interessantes depois de um ou dois semestres. Assim, concluí muitos projetos que, solteiro, provavelmente teria abandonado. Assim, agradeço à minha esposa parte do que sou e tenho.
Meus filhos, dois, são o maior tesouro amealhado até aqui. Me trazem muitas alegrias, muitas mais do que mereço. Quando vejo gente dizendo que não quer ter filhos, sinto pena deles e cada vez mais compreendo aqueles que desejam famílias numerosas. Crianças são o que há de melhor na vida. Com tantas tecnologias disponíveis, nada preenche melhor a vida de uma pessoa de sentido que criar outro ser humano. Não digo que eu faça um grande papel, mas me esforço para cumprir minha parte.
Escrever é outro hobby que me traz alegrias. Assim como tocar, ler, escutar e recentemente cultivar plantas, especialmente flores. Este foi o modo que encontrei para passar o tempo neste planeta nos últimos 32 anos. Algumas coisas aprendi com meus pais, em especial minha mãe. Outras tive que aprender por conta. Muitas ainda restam a aprender, espero eu. Sinceramente, não sei se completarei outros 32 anos, apesar da expectativa de vida média masculina ser maior que isso hoje no Brasil. Viver muito não parece ser do meu perfil. Mas isto é para o futuro.

PREPARATÓRIOS PARA 2015
Para aqueles que chegaram agora a nave mãe, aviso o seguinte: Aécio perdeu a eleição e 2015 vai ser de governo Dilma. Começaremos com aumentos de impostos, redução de gastos públicos e reorganização das finanças nos três níveis de governo. A única das três medidas realmente ruim é o aumento dos impostos. O custeio da máquina poderia ser reduzido, mas esta é uma opção política praticamente inviável nos dias de hoje. Governo gastando menos significa mais dinheiro para a sociedade. A menos que tudo não passe de mais uma manobra publicitária do PT.
Não acredito num desfecho muito amigável ao partido dos companheiros em relação a operação Lava Jato. Acredito até que no final das contas os políticos possam ter penas maiores do que as aplicadas no caso do Mensalão. Por outro lado, duvido muito que de alguma forma isso vá afetar a popularidade ou ainda a governabilidade da Dilma. Tudo seguirá como sempre. No mais, a economia certamente crescerá muito pouco, inclusive a venda de automóveis, que alguns apontam para uma alta de até 3%. Duvido muito que chegue a tudo isso se o governo se mantiver firme no propósito de não prorrogar a alta do IPI.

BALANÇO DE 2014
Como eu havia previsto no final de 2013, 2014 foi um ano perdido. Eleições e Copa do Mundo, não nesta ordem, acabaram com qualquer possibilidade deste ser um ano produtivo. E o povo ainda perdeu a possibilidade de se livrar do governo mais corruPTo da história da república. Deste modo, do ponto de vista nacional, este foi um ano perdido, ainda de acordo com a “profecia”. No fundo, se 2015 for tão parado quanto 2014, e é quase certo que será, o que teremos é um resultado de 5 anos perdidos na década de 2010 a 2019, ou seja, meia década perdida, um feito não igualado desde os anos 1980. Mais uma óbvia conquista do governo PT. A única herança maldita que o PT poderá reclamar é a própria herança. Serão, ao término dos próximos anos, 16 anos com esta corja!

FINALIZANDO

Depois de tudo, isso, faltando menos de 30 minutos para a meia noite, só tenho a dizer mais uma coisa aos leitores: FELIZ NATAL.

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